sexta-feira, 18 de julho de 2014

Reciclando resíduos para reconstruir o Haiti

Fonte: https://construcaocivilpet.wordpress.com/2011/06/29/reciclando-residuos-para-reconstruir-o-haiti/

JUN292011

Reciclagem na construção civil

Engenheiro constata que a reciclagem das habitações desabadas no Haiti resolve dois problemas: o que fazer com os destroços, baratear custos de construção .

Um ano depois do terremoto que matou 230 mil pessoas e deixou um milhão de desabrigados, montanhas de escombros ainda são parte da paisagem do Haiti. Agora, um estudo do Instituto de Tecnologia da Georgia, Georgia Tech, nos Estados Unidos, sugere que o problema pode se tornar solução para criar moradias para os flagelados.

O autor do estudo é o engenheiro especializado em terremotos Reginald Des Roches, que nasceu no Haiti, e viajou diversas vezes a Porto Príncipe para recolher amostras e estudar a composição das ruínas de prédios da capital haitiana.

Ele constatou que o concreto usado nas construções haitianas não era da melhor qualidade. Por isso, quando reciclado em novos blocos de concreto estrutural, apresentava menos da metade da resistência regulamentada para construções americanas.

Mas, Des Roches descobriu também que ao utilizar o material dos escombros moído, o concreto resultante apresentava grande resistência, podendo ser usado em construções robustas na região – constantemente ameaçada por tremores.

O engenheiro diz que a reciclagem das construções desabadas resolve dois problemas de difícil solução:

1. O que fazer com os destroços – uma  vez que existem poucos aterros seguros e menos ainda caminhões disponíveis para o transporte;
2. Onde encontrar e novamente como transportar material para usar na mistura de concreto.

A ideia não é inédita – na Europa, alguns países chegam a utilizar até 20% de materiais reciclados em concreto estrutural – mas os testes da Georgia Tech mostram que seria possível começar imediatamente a reconstrução do país a partir das próprias “cinzas”.

“É preciso mais trabalho para caracterizar os materiais reciclados, testes adicionais de parâmetros de performance e avaliar a maneira mais segura de moer os escombros”, afirmou DesRoches.

Fonte:www.midianews.com.br

 

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