quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Estacas hélice contínua

Fonte: http://www.geofix.com.br

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Estacas hélice contínua

Introdução

As estacas hélice contínua já são executadas entre nós desde 1987, com ampla utilização e divulgação no segmento da construção civil, desde 1993, sendo hoje uma solução alternativa em praticamente todas as obras que utilizam estacas com comprimento de até 34 m, pois podem ser utilizadas em qualquer tipo de solo. Face à sua rapidez executiva, preço competitivo e baixo nível de barulho e vibrações, em alguns casos é também uma solução alternativa para as fundações em sapatas e em tubulões a céu aberto.

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Durante esse período foram realizadas inúmeras provas de carga estáticas que atestaram a capacidade de carga dessas estacas dimensionadas com base em métodos semi-empíricos de amplo conhecimento em nosso meio geotécnico. O resultado dessas provas de carga fazem parte de um banco de dados que veio sendo publicado pelo engº Urbano R. Alonso desde 1996 (Revista SOLOS e ROCHAS, vol. 19, nº 3 e vol. 21 nº 1; SEFE IV, vol. 2; SEFE V, vol. 2; SEFE VI vol. 1; XII COBRAMSEG vol. 3 e XIII COBRAMSEG vol. 2) e trabalhos individuais de outros autores.

Entretanto, como todo tipo de estaca, esta também necessita, durante sua execução, de vários cuidados que nem sempre estão muito claros para aqueles que a utilizam. Por ser uma estaca que tem todas as fases de execução monitoradas por instrumento eletrônico (acoplado a sensores) instalado na cabine e à frente do operador, muitos pensam que esse monitoramento corresponde ao controle da estaca. Na realidade, o controle pressupõe uma interpretação desses registros, no instante da execução, (quando é possível tomar decisões), e não a posteriori, quando a estaca já está executada. É um assunto que ainda não foi plenamente resolvido.

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Outro esclarecimento a ser feito é que, ao contrário do que afirmam alguns dos que comercializam este tipo de estaca, o equipamento não mede o torque, mas sim a pressão de injeção do óleo na bomba acoplada à mesa de giro do trado. Embora o torque seja diretamente proporcional à pressão de injeção, esta relação é diferente de máquina para máquina e numa mesma máquina em função da marcha em que o motor estiver.

Embora no passado tenham ocorrido vários problemas na concretagem deste tipo de estaca, hoje esses problemas já foram bem equacionados tendo-se, inclusive, um traço que as concreteira denominam “concreto para hélice contínua” constituído por:

  • Fator água cimento ≤ 0,6 e pedra 0 (dimensão máxima característica 12,5 mm);
  • Consumo mínimo de cimento 400 kg/m3 (não é recomendado o uso de cimento ARI);
  • % de argamassa em massa ≥ 55% (massa do cimento + massa dos agregados miúdos)*100/massa dos agregados graúdos);
  • Permitido o uso de agregados miúdos artificiais conforme a NBR 7211;

Embora esse concreto assim confeccionado confira uma resistência característica mínima de fck = 20 MPa (200 kgf/cm2), para efeito de dimensionamento estrutural esse valor não pode ser aumentado devido ao fato de que esses resultados são obtidos em corpos de prova moldados e curados por ação humana. Já a cura do concreto na estaca é feita dentro do solo, portanto sem qualquer ação humana sobre a mesma.

Além destas características do concreto, há também a necessidade de se usarem bombas de injeção adequadas (capacidade de bombeamento mínima de 20 m3/h para estacas com diâmetro máximo de 50 cm e 40 m3/h para diâmetros superiores).

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