quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Coberturas: os diversos tipos e suas características

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1 – CONCEITO

Segundo a Morfologia das Estruturas (do Grego: Morfo = Forma, e Lógia = Estudo), as coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a proteção das edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes condições:

a) funções utilitárias: impermeabilidade, leveza, isolamento térmico e acústico;

b) funções estéticas: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos elementos, textura e coloração;

c) funções econômicas: custo da solução adotada, durabilidade e fácil conservação dos elementos.

Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve observar os fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que determinam os detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada situação.

Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre especificado, o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação e escoamento, tais como:

a) detalhes inerentes ao projeto arquitetônico: rufos, contra-rufos, calhas, coletores e canaletas;

b) detalhes inerentes ao projeto hidráulico: tubos de queda, caixas de derivação e redes pluviais.

2 – TIPOS DE COBERTURAS

De acordo com os sistemas construtivos das coberturas, ou seja, quanto às características estruturais determinadas pela aplicação de uma técnica construtiva e/ou materiais utilizados, podemos classificar as coberturas em:

2.1 – Naturais

a) coberturas minerais: são materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas (placas), muito utilizadas na antigüidade (castelos medievais) e mais  recentemente apenas com finalidade estética em superfícies cobertas com acentuada declividade (50% < d >100 %). Atualmente, vem sendo substituída por materiais similares mais leves e com mesmo efeito arquitetônico (placas de cimento amianto);

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b) coberturas vegetais rústicas (sapé): de uso restrito a construções provisórias ou com finalidade decorativa, são caracterizadas pelo uso de folhas de árvores, depositadas e amarradas sobre estruturas de madeiras rústicas ou beneficiadas.

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c) coberturas vegetais beneficiadas: podem ser executadas com pequenas tábuas (telhado de tabuinha) ou por tábuas corridas superpostas ou ainda, em chapas de papelão betumado;

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d) coberturas com membranas: caracterizadas pelo uso de membranas plásticas (lonas), assentadas sobre estruturas metálicas ou de madeiras ou atirantadas com cabos de aço - tensoestruturas, ou ainda, por sistemas infláveis com a utilização de motores insufladores;

e) coberturas em malhas metálicas: caracterizadas por sistemas estruturais sofisticados, em estruturas metálicas articuladas, com vedação de elementos plásticos, acrílicos ou vidros.

f) coberturas tipo cascas: caracterizadas por estruturas de lajes em arcos, em concreto armado, tratadas com sistemas de impermeabilização;

g) terraços: estruturas em concreto armado, formadas por painéis apoiados em vigas, tratados com sistemas de impermeabilização, isolamento térmico e assentamento de material para piso, se houver tráfego;

h) telhados: são as coberturas caracterizadas pela existência de uma armação - sistema de apoio de cobertura, revestidas com  telhas (materiais de revestimento). É o sistema construtivo mais utilizado na construção civil, especialmente nas edificações.

3 – COBERTURAS PLANAS

As coberturas planas são caracterizadas por superfícies planas, ou planos de cobertura, também denominados de panos ou águas de uma cobertura. Na maior parte dos casos, os planos de cobertura têm inclinações (α - ângulo) iguais e, portanto, declividades (d%) iguais. No caso do  revestimento superior de uma edificação ter inclinação máxima de α = 75°, a área é identificada como cobertura.

Para α > 75° o revestimento é denominado fechamento lateral.
A cobertura deve ter inclinação mínima que permita o escoamento das águas das chuvas, e direcionadas segundo o plano (projeto) de captação dessas águas. As coberturas horizontais têm inclinação entre 1 a 3% e as consideradas inclinadas tem caimento igual ou maior de 3%. Quanto à inclinação das coberturas, as mesmas podem ser classificadas em:

a) coberturas com pequenas declividades, denominadas terraços;

b) coberturas em arcos;

c) coberturas planas em superfícies inclinadas, determinadas por painéis de captação d’água.

Os sistemas de apoio de coberturas planas podem ser executados em: madeira, metal ou concreto armado (podendo ser misto, também). A escolha e definição do material são determinadas pelas exigências técnicas do projeto, como o estilo, a função, o custo, vão de sustentação, etc. Quanto à definição estrutural, as armações de coberturas podem ser executadas com os seguintes sistemas:

a) em Madeira:

Sistema de vigas e arcos treliçados em madeira maciça

Sistema de vigas e arcos treliçados em madeira colada

Sistema de treliças tipo tesouras

Sistema tipo cavalete

b) em Metal:

Sistemas de vigas e arcos treliçados

Sistemas de estruturas especiais (treliças espaciais etc.)

c) em Concreto Armado:

Sistemas de vigas pré-moldadas

Sistemas de pórticos

Sistemas de estruturas especiais integradas

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